quinta-feira, 31 de março de 2011

Pérolas Orgânicas e Cultivadas

Ao lado dos diamantes as pérolas cultivadas são as gemas mais importantes do segmento joalheiro

Entre as gemas orgânicas, as pérolas são as mais importantes. Muitos pensam que as pérolas são somente brancas. No entanto, elas ocorrem em várias cores. As cores básicas incluem: rosa claro, branco e branco amarelado ou amarronzado, chamada de creme. As pérolas cultivadas de cor preta, cinza, azul, roxa e marrom são denominadas pérolas negras, e são conhecidas como taitianas. Das pérolas cultivadas negras, a preta é a mais rara.

Formação e Composição da Pérola

Existem pérolas de água doce e de água salgada, podendo ser naturais (feitas pela natureza) ou cultivadas (induzidas pelo homem). Quase todas as pérolas vendidas atualmente são cultivadas. As pérolas naturais, assim como as cultivadas, se formam em vários tipos de moluscos de água doce (unio) ou de água salgada (pinctada).

A formação de uma pérola natural pode ser provocada por um grão de areia, uma bactéria ou qualquer corpo estranho que entre na concha, irritando o molusco, o qual segrega uma substância chamada nácar. Esta substância reveste o corpo estranho em várias camadas. Eventualmente, o corpo invasor se torna uma pérola.
Para formar uma pérola solta, o invasor - geralmente um organismo vivo - é imobilizado pelo molusco, que o engloba em seu manto, formando um saco perlífero. A parte interna do saco é constituída de células produtoras de nácar, que revestirão o invasor com camadas concêntricas de nácar, transformando-o em uma pérola.

A composição química da pérola é variável. Normalmente, a pérola é composta de 82 a 86% de aragonita (carbonato de cálcio), de 10 a 14% de conchiolina e de 2 a 4% de água.

Pérola cultivada

As pérolas cultivadas e as naturais são idênticas em aparência. Entretanto, as cultivadas são formadas por indução do homem. O cultivador abre a concha, faz uma incisão no epitélio do molusco e insere um pedaço pequeno de epitélio de outro molusco, em conjunto com uma esfera de madrepérola.
Depois que o molusco se refaz da operação, ele é colocado em uma gaiola submersa, para produzir a pérola. Algumas vezes, só o epitélio é implantado para a estimulação da pérola cultivada (anucleada). São exemplos as pérolas cultivadas em água doce.

O processo de nucleamento para o cultivo de pérola é muito delicado: de três moluscos nucleados, dois sobrevivem ao processo. Dos sobreviventes, somente ¼ produz pérolas cultivadas e somente uma pérola, a cada quatro cultivadas, é boa o suficiente para exportação.
O fator mais importante no tamanho da pérola cultivada é, normalmente, o tamanho do núcleo. A temperatura da água, a localização do núcleo e o tempo que a pérola permanece dentro do molusco também irão afetar o tamanho e a qualidade.

O período típico de cultivo é de um a dois anos. Para o cultivo de pérolas de boa qualidade, é necessário um período maior, de geralmente três anos e meio.

As pérolas cultivadas exigem mais cuidados que as naturais, principalmente quando em fios de colares. Gordura da pele e de cosméticos tende a entrar entre a camada de nácar e o núcleo. Esta gordura, geralmente acompanhada de poeira, se apresenta através da fina camada perolada, dando à pérola uma aparência lânguida.

As pérolas não devem ser usadas em piscinas, praias ou ao banho. Nunca se deve passar perfume, laquê ou cremes sobre pérolas. As pérolas devem ser retiradas para se secar os cabelos com o secador. Se tiver contato com suor, antes de serem guardadas, devem ser limpas com uma flanela macia, limpa e levemente úmida. Pérolas devem ser guardadas separadas de outras jóias para evitar riscos.

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